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Lelo Maia busca garantir iniciativa de amparo e suporte integral a vítimas de violência sexual em Alagoas

Deputado Lelo Maia propõe criação do programa “Faça Bonito” para amparo a vítimas de abuso sexual infantil em Alagoas

Na sessão desta terça-feira (13), o deputado estadual Lelo Maia (União Brasil) apresentou uma importante proposição na Assembleia Legislativa de Alagoas: a criação do programa “Faça Bonito”, voltado ao atendimento integral de crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual, além de suas famílias. A proposta, formalizada por meio de uma indicação ao Governo do Estado, visa oferecer apoio psicológico, educacional e financeiro, por meio de uma articulação entre diversas secretarias estaduais.

O programa, conforme explicou o parlamentar, prevê a atuação conjunta de pastas como Saúde, Educação, Assistência Social e Direitos Humanos, com medidas como atendimento psicológico contínuo às vítimas, apoio educacional para evitar a evasão escolar, acompanhamento familiar e a inclusão em programas sociais. Além disso, o texto da indicação sugere a criação de um auxílio financeiro emergencial destinado às famílias que vivem em situação de vulnerabilidade, muitas vezes impossibilitadas de romper o ciclo de violência por questões econômicas.

Abuso dentro de casa: realidade alarmante exige ação do Estado

Durante seu pronunciamento, Lelo Maia trouxe à tona uma estatística alarmante: 44% dos casos de abuso sexual infantil são cometidos por pais ou padrastos. “Neste último final de semana, na cidade de Santana do Ipanema, uma menina de apenas 13 anos filmou o próprio pai cometendo o abuso e entregou o vídeo à polícia. É dentro de casa que acontece boa parte desses crimes. E o que mais ouvimos é que, muitas vezes, a denúncia não acontece porque a família depende financeiramente do agressor”, afirmou.

Segundo o deputado, a proposta do Faça Bonito parte de uma constatação dolorosa, mas necessária: o ambiente doméstico, que deveria ser sinônimo de proteção, tem sido o cenário de grande parte dos abusos. “O Estado precisa agir não só na repressão, mas também no acolhimento. Dar condições para que essas famílias se reestruturem é uma forma de incentivar a denúncia e proteger de fato essas crianças”, reforçou.

Avanço concreto

A indicação ainda será avaliada pelo Governo de Alagoas, mas já ecoa como um passo relevante na construção de uma política pública voltada à proteção da infância e ao enfrentamento da violência sexual, tema que ainda carrega estigmas e barreiras no país.

Caso seja acatada, a medida poderá representar um avanço concreto no enfrentamento de uma das formas mais cruéis de violência: aquela que silencia, aprisiona e destrói infâncias dentro dos próprios lares.

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